Os perigos do Black Friday

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Black Friday ou Sexta-Feira Negra em português, é um termo criado pelo varejo nos Estados Unidos para nomear a ação de vendas anual que acontece na sexta-feira após o feriado de Ação de Graças, que é comemorado na 4ª (quarta) quinta-feira do mês de novembro nos Estados Unidos. A ideia vem sendo adotada por outros países como Canadá, Austrália, Reino Unido, Portugal, Paraguai e Brasil. Alguns anos depois, Black Friday foi o nome usado pelos varejistas para indicar o período de maior faturamento e desde então é a data mais agitada do varejo no país. No dia do evento muitas lojas abrem bem cedo, algumas com até quatro horas de antecedência, para atrair o maior número de consumidores através de ofertas. Milhares de pessoas aguardam em filas enormes. O dia também é conhecido por dar início à temporada de compras de natal. A popularidade do evento é grande, sendo que os descontos oferecidos são considerados mais atrativos do que os natalinos por muitos consumidores. De acordo com um estudo realizado em 2014 pela Opinion Box em parceria com o Mundo Marketing, três em cada quatro internautas brasileiros pretendiam aproveitar a data para realizar compras online. Apesar de vários outros números positivos apresentados pela pesquisa, foi constatado que 42% dos entrevistados ainda desconfiavam dos descontos oferecidos no Black Friday. Uma das maiores reclamações dos consumidores é a maquiagem de preços, tática utilizada pelos e-commerces para vender mais sem ter que necessariamente diminuir os valores. Funciona da seguinte forma: o lojista sobe arbitrariamente o preço do produto alguns dias antes do Black Friday. Dessa forma, no dia do evento, ele pode dar um desconto muito grande no produto e o consumidor acreditará estar fazendo um bom negócio.

Tomar cuidado no Black Friday é essencial

Produtos com descontos de até 80% fizeram com que a Black Friday se tornasse uma febre no comércio nacional desde 2010. A menos de um mês da próxima edição, que acontecerá no dia 24 de novembro (sexta-feira), especialistas recomendam que os consumidores redobrem os cuidados para, de fato, conseguirem boas ofertas. As principais decepções da Black Friday são a falsa oferta ou a maquiagem de preços. Para fugir de armadilhas, basta que o consumidor escolha o produto desejado no comparador, e escolha uma ferramenta de monitoramento de produtos que vai monitorá-lo diariamente. Essas ferramentas são importantes, pois muitas lojas costumam elevar os preços semanas antes da Black Friday para, no dia da promoção, diminuir o custo ao patamar anterior. Isso não é desconto, é maquiagem de preços e fere os direitos do consumidor. Por isso, quem deseja realmente economizar, já deve começar a monitorar os valores cobrados para não cair em armadilhas. Os valores cobrados por smartphones, aparelhos de TV, geladeiras e outros produtos campeões de venda da Black Friday estão na mira do Procon. A entidade já começou a monitorar o e-commerce para conferir a veracidade das ofertas que serão anunciadas para o dia de promoções em lojas virtuais de todo o país. Somente no Rio de Janeiro, o varejo eletrônico deverá faturar R$ 265,9 milhões com pedidos, segundo uma estimativa da Ebit, empresa de dados sobre o e-commerce brasileiro. O valor corresponde a 12,14% (doze vírgulas quatorze por cento) do total nacional (R$ 2,19 bilhões). Já o tíquete médio das compras, no estado, deverá ser de R$ 757, ou seja, 9,3% (nove vírgulas três por cento) acima da média nacional, estimada em R$ 695.

Fique de olho e tenha cuidado redobrado

Liste alguns produtos, ou seja, faça uma lista do que precisa ou do que deseja comprar e estipule um orçamento somente para essas compras. Monitore os preços: fique de olho nos sites em que deseja adquirir os produtos e veja se há oscilação de preços. Tome cuidado com os sites estrangeiros: verifique se o site é brasileiro. Cuidado com os que têm a extensão “.com”. Compras de páginas internacionais estão sujeitas a outros custos nem sempre informados ostensivamente (procure informações sobre o site na aba “Quem somos/sobre nós”). Além disso, as regras do Código de Defesa do Consumidor (CDC) não se aplicam se o portal não tiver representantes no Brasil. É importante verificar também a reputação do fornecedor. No ano passado, o Procon-SP divulgou os nomes das empresas mais reclamadas na última Black Friday. O consumidor tem sete dias a partir da compra/entrega para se arrepender, cancelar a compra, devolver o produto e pedir o dinheiro de volta, se a aquisição for feita à distância (internet, folheto ou telefone). Tenha cuidado ao clicar em ofertas e links recebidos por e-mail ou por intermédio das redes sociais. Consulte sempre a página oficial da loja, para ter certeza se a promoção é real. Após essas dicas, aproveite a Black Friday. Compre o necessário ou o que deseja e aproveite os descontos.

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